O Auxílio Brasil, anteriormente conhecido como Bolsa Família, está em meio a um cabo de guerra. O ex-presidente Lula desafiou o presidente Jair Bolsonaro a aumentar o benefício para R$600,00.
Apesar da polêmica, os governistas não escondem que vão aumentar o valor do benefício para R$500,00. Todavia, é preciso questionar: esse aumento será benéfico para a sociedade?
Em pronunciamento oficial, o ministro da Cidadania, João Roma, afirmou que o programa Auxílio Brasil, sucessor do Bolsa Família, começará a ser pago a partir de novembro e terá um reajuste geral de 20% no valor dos benefícios, com relação ao programa anterior.
Todas as famílias classificadas em situação de pobreza e de pobreza extrema, vinculadas ao Cadastro Único dos Programas Sociais (CadÚnico) e ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS), deverão receber um valor mínimo de R$ 400 dentro do novo Auxílio Brasil.
Renata D´Aguiar acredita que o impacto econômico deste aumento será um tanto quanto negativo.
“O dólar vem aumentando a cada dia, desde que essa notícia do Auxílio Brasil vem sendo noticiada. Com o aumento do dólar, sobe também a inflação. O que adianta aumentar o benefício se os produtos, alimentos e tudo que a população consome estarão mais caros?”, questiona.
Quanto custa o Auxílio Brasil
O Auxílio Brasil começa a ser pago ao cidadão em novembro deste ano. O novo programa, no entanto, não tem clareza em relação à fonte do financiamento e por isso, enfrenta dificuldades para ser colocado em prática.
A proposta é de que o programa amplie o número de beneficiários para R$ 17 milhões e que o valor mensal seja de, no mínimo R$ 400, a serem pagos até dezembro de 2022.
Com isso, a estimativa é de que o orçamento para o programa social salte de R$ 33,1 bilhões para R$ 84,730 bilhões. E este é um ponto preocupante.
“Essa medida não é ruim para todos. Quem tem dinheiro para investir vai continuar lucrando mais, já que quando aumenta a inflação os juros também aumentam. E isso vale para investimentos. Para a população rica esse aumento da inflação, consequente de medidas como esta do Auxílio Brasil, não tem tanto impacto”, pontua Renata.
Quem poderá receber o auxílio
Os beneficiários devem ser os mesmos já inscritos no Cadastro Único (CadÚnico).
Já os beneficiários do pagamento emergencial que não se encaixam nas regras do Auxílio Brasil – cerca de 18 milhões de brasileiros- ficarão sem qualquer auxílio a partir do mês que vem.
Segundo a Tendências Consultoria, as classes D e E devem receber o novo benefício. Esses grupos representam 54,7% das famílias brasileiras e têm renda de até R$ 2,8 mil.