Nos últimos anos assistimos a um movimento importante da sociedade ao colocar em pauta, especialmente nas redes sociais, assuntos que carecem da atenção de todos. O capacitismo foi um desses temas que tem mobilizado cidadãos e cidadãs a pensar na necessidade de tornar as cidades acessíveis a todos. Mas se você ainda não sabe o que é, nesse texto eu vou te explicar melhor.

Para começar, é importante definir o que é capacitismo. Este consiste no ato de discriminar uma pessoa com deficiência (PCD), seja ela física, mental ou intelectual, colocando-os como inferiores e anormais por não estarem dentro do padrão de “normalidade”. E isso é preocupante, já que PCD’s são tão capazes quanto as pessoas que não têm deficiência. O que falta são políticas públicas voltadas para conscientizar a sociedade e tornar as cidades acessíveis a todos. Se formos pensar no nosso cotidiano, é possível um deficiente visual andar sozinho na rua? É possível uma criança com deficiência física brincar sozinha em um parquinho? Todos esses limites retiram as pessoas com deficiência da sociedade e as colocam na exclusão. Elas têm o direito de ir e vir, de acessar o mercado de trabalho, a escola e o transporte público. 

Segundo o Censo de 2010, realizado pelo IBGE, nós temos 46 milhões de brasileiros com alguma deficiência, totalizando 24% da população, um número bastante expressivo e, por isso, a luta pela inclusão social deve tomar os debates. Você provavelmente já assistiu aos Jogos Paralímpicos e viu PCD’s nadando, arremessando peso, correndo, etc. e trazendo medalhas para o Brasil. Nos últimos jogos realizados em Tóquio, no Japão, os atletas PCD’s foram responsáveis por ganhar 72 medalhas para o País.  Então, por que imaginar que essas pessoas são limitadas? O preconceito é a primeira barreira que devemos derrubar se quisermos desfrutar de uma sociedade inclusiva e igualitária.  

É dever do poder público promover obras que tornem as cidades mais acessíveis, com pisos táteis, rampas para cadeirantes, sinalização sonora e, principalmente, o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) nas escolas desde a primeira infância. O compromisso com a inclusão social deve ser uma bandeira de todos. E isso inclui aqueles que vamos escolher para nos representar nas próximas eleições.

No Instituto Reciclando o Futuro, nós nos preocupamos com a inclusão social e promovemos ações em prol de incluir as pessoas com deficiência nas atividades a partir da acessibilidade. É fundamental assegurar, em condições de igualdade, o exercício das liberdades fundamentais e dos direitos da pessoa com deficiência, garantindo que usufrua da plena cidadania.

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