7 de novembro

Meus pais sempre acharam que minha paixão por aniversário acabaria quando eu completasse 18 anos. Engano deles. Continuei amando comemorar meus aniversários. Tenho esse dia como o mais importante do ano. Uma vez ouvi uma frase que me marcou muito: hoje foi o dia em que Deus soprou suas narinas e do pó nasceu você. Então, entendo que o dia 7 de novembro é dia de agradecer e de celebrar com todos que marcaram a minha história, ainda mais depois de passar por uma pandemia que nos obrigou a ficar tanto tempo longe de quem amamos.

Não economizei. Estava com muitas saudades de uma aglomeração, bem carioca e cheia de abraços. Reuni 500 pessoas muito especiais de todo o DF e do entorno, no conhecido Clube do Rocha, onde passamos uma tarde deliciosa. Confesso que na maior parte do tempo fiquei na porta recebendo meus amigos e tirando fotos. Mas, só de encontrá-los, já foi suficiente para a minha alegria e, ainda mais, sabendo que estavam se divertindo.

Meu amigo Donner, responsável pela orquestra sinfônica de Brasília, surpreendeu a todos com dois belíssimos duos que recepcionaram os convidados, no início da festa. Em seguida, o Almenara, um grande músico e sempre presente nos meus eventos, tocou as músicas que mais gosto do MPB.

 Para ficar realmente perfeito, só precisava da presença dos meus pais. Infelizmente, desde que a pandemia começou, meus pais praticamente não saíram de casa. Então, preferi não insistir. Mas, para a minha surpresa eles se fizeram presentes, do jeito que temos aprendido hoje em dia: através da tecnologia. Meus amigos organizaram um vídeo emocionante que passou em um telão, no meio da festa, com meus familiares do Rio de Janeiro. Ou seja, não faltou nada para meu 7 de novembro ser perfeito.