Cerca de 120 pessoas participaram do 12º Encontro de Mulheres Mulher Vitoriosa
Falar e dar exemplo de empoderamento feminino, autonomia, proteção social e garantia de direitos. Esses foram os temas do 12º Encontro de Mulheres Mulher Vitoriosa. Com um público majoritário feminino, o evento reuniu cerca de 120 pessoas na sede do Lions Clube de Ceilândia, na manhã deste domingo (10).
Uma realização do Instituto Força Ativa da Mulher (FAM), o encontro contou com bate-papos e exposição de casos relacionados ao combate da violência contra às mulheres. “É um trabalho para ressignificar essas vidas. Trata-se de uma atuação conjunta”, enfatiza a presidente do FAM, Ludmila Santana.
“Proteção social. Esse foi nosso foco nesta manhã. Não sabemos quantas delas sofrem ou já sofreram alguma situação de agressão, ou quantas outras mulheres elas conhecem que são vítimas de alguma violência. Então, vejo esse encontro como uma forma de proteger pessoas e ensinar como uma proteger as outras”, enfatiza a fundadora do Instituto Reciclando o Futuro, Renata D’Aguiar. Atualmente, devido ao aumento expressivo dos casos de violência contra mulher nas comunidades atendidas em diversas regiões do Distrito Federal, o Reciclando o Futuro intensificou a atuação com mulheres em situação de vulnerabilidade
“Nosso trabalho não é apenas pedir e fazer doações. A gente foca nossa atuação na garantia e ampliação de direitos, bem como na proteção socioassistencial dessas famílias”, explica Renata D’Aguiar.
Alarma o fato de que a violência de gênero na capital do país é um medo diário vivenciado pela população feminina. Em 2021, a cada 14 dias, uma mulher foi vítima de femincídio no Distrito Federal e, a cada 24h, outras 45 foram vítimas de violência doméstica, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF). Este ano, os números seguem preocupantes: uma mulher é morta a cada 16 dias. Um desafio para o poder público, que precisa garantir segurança a suas cidadãs.
“O que escutei aqui, hoje, levo para a vida. Ouvi sobre Empoderamento, proteção social e me senti acolhida e mais preparada para uma sociedade onde a mulher precisa conquistar diariamente seu espaço”, conta a empreendedora Juliana Pereira, de 36 anos e moradora de Samambaia.