Os obstáculos de quem é deficiente visual no Brasil estão presentes até os dias atuais. A existência de sinalizações táteis, placas em Braille, sistemas sonoros e outros recursos de acessibilidade são fatores determinantes para melhorar a qualidade de vida. Porém, ainda é recorrente as dificuldades no cotidiano dessas pessoas.
De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 18,6% da população brasileira possui algum tipo de deficiência visual. São mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual severa, sendo 582 mil cegas e 6 milhões com baixa visão. A vida do cego no Brasil se torna mais desafiadora tendo em vista a falta de inclusão e o preconceito da sociedade.
Um passo fundamental para a inclusão dessas pessoas na sociedade é a democratização do acesso à cultura por meio da literatura. A partir de audiobooks, que consiste na leitura de um livro em voz alta por um narrador, que ajudam também como apoio no processo da alfabetização. Outro meio é a adaptação de livros com o sistema de escrita em braille.
O apoio na alfabetização de crianças, adolescentes e jovens que possuem deficiência visual é fundamental para a ampliação do conhecimento e a convivência em sociedade. Sendo necessário políticas públicas que visam a inclusão e a ampliação de um ensino de qualidade a essas pessoas.
A deficiência visual é a perda ou limitação da capacidade visual em ambos os olhos em caráter definitivo, que não pode ser melhorada ou corrigida com o uso de lentes, tratamento clínico ou cirúrgico. A pessoa com essa condição pode ser cega ou com baixa visão.
Essa deficiência pode ser considerada leve, moderada, severa ou profunda. As causas podem ser duas, congênitas ou adquiridas. As causas congênitas é aquela que, independentemente da sua causa, já se apresenta por ocasião do nascimento, podendo ser detectada antes ou após. Podemos citar a amaurose congênita de Leber, malformações oculares, glaucoma congênito e catarata congênita.
Já as causas adquiridas são desenvolvidas durante a vida. Traumas oculares, catarata, degeneraão senil de mácula, glaucoma e alterações retinianas relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, se houvesse um número maior de ações efetivas de prevenção ou de tratamento, 80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados. Os dados da OMS ainda mostram que cerca de 36 milhões de pessoas no mundo são cegas e outras 217 milhões têm baixa visão.