No domingo, 19 de dezembro, o Instituto Reciclando o Futuro inaugurou a sede na Asa Sul, em Brasília. O espaço será voltado para idosos e pessoas com deficiência.
O dia da inauguração foi marcado por muita emoção, discursos de agradecimento e gratidão.
A idealizadora do projeto, Renata d’Aguiar, deu um depoimento e contou como iniciou o projeto.
“Tudo começou em meados de 2017, antes do maior lixão da América Latina, localizado na cidade Estrutural, fechar. Eu fazia um trabalho em uma creche, onde os filhos dos catadores ficavam enquanto iam trabalhar no lixão. Era um barraco sem piso, chão batido, as crianças descalças, sujas de terra vermelha, muita poeira. Quando estava calor, a poeira subia e eu mal conseguia respirar enquanto brincava com elas. Foi muito forte ver aquelas crianças naquele ambiente totalmente insalubre“, recorda.
Renata também falou sobre a importância do novo ambiente para o projeto. “Esse espaço foi uma grande bênção. Agora poderemos ampliar nossa atuação em prol da inclusão social, atendendo outros grupos que também precisam do nosso apoio. Os polos da Estrutural e do Sol Nascente são voltados apenas para pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica“, afirmou.
Parceiro no projeto desde o início, Fábio Campos, que é esposo de Renata d’Aguiar, também discursou durante a inauguração. “A cada dia temos a certeza de que estamos no caminho certo, levando esperança e oportunidade para as pessoas carentes que muitas vezes são esquecidas”, disse ele.

Sobre o Instituto Reciclando o Futuro
O Reciclando o Futuro trabalha para ajudar pessoas do DF em situação de vulnerabilidade social.
O projeto, criado em 2017 e sem fins lucrativos, promove ações emergenciais, como a entrega de cestas básicas, marmitas e agasalhos aos moradores em situação de rua, além de promover atividades de capacitação, eventos e festividades.
Os cursos de capacitação promovidos pelo Instituto fizeram com que muitos catadores pudessem realizar ações através de experiências próprias, tirando-os da invisibilidade e fazendo com que fosse possível inseri-los no mercado de trabalho.
Diante da situação de isolamento social provocada pela pandemia do Covid-19, as ações do Reciclando mantiveram os parceiros e os voluntários unidos, tendo sido um grande suporte emocional aos participantes do Instituto.
“O Reciclando o Futuro mudou a minha vida. Fui tirando todo o entulho guardado ao longo da minha trajetória, de experiências vazias e muitas vezes fúteis, e fui preenchendo por uma vontade cada vez maior de servir e contribuir para que outras pessoas pudessem ter oportunidades de mudar suas histórias, travadas por falta de recursos financeiros, traumas, medos ou injustiças sociais. É emocionante ver assistidos se tornando voluntários! Esse é o fruto do árduo trabalho realizado por voluntários que foram formando a família Reciclando o Futuro”, finaliza.
Eu sou uma pessoa suspeita, para falar de ONG´S, pois ja venho de uma longa trajetória, buscando ajudar outros em condições sub-humanas e muitas vezes aqui no Brasil ainda pude ser penalizado pela boa ação. Mas como sempre acredito, firmente, que o bem sempre se sobre sai, está ai uma demonstração de um projeto que pode crescer muito, ampliar suas fronteiras a nivel nacional, pois quando olho para este projeto, entedo e reconhço que um prato de comida é bom, mas é temporario, um galhaso aquece por algumas noites, porém nenhum dos dois resolve nossos problemas. Todavia, quando colocamos a inclusão de cursos de capacitação e fazemos por amor, deixamos de oferecer um pão e damos a uma familia a dignidade suprema de ganhar seu proprio pão, comprar seu próprio agalho, criamos nessa familia a esperança de ter dias melhores. Por este motivo reciclar o futuro é para ontem. Juntos seramos mais.